O caso que chocou o Brasil em 2022 está prestes a ter um desfecho. O julgamento dos ex-policiais rodoviários federais envolvidos na morte de Genivaldo de Jesus Santos, vítima de uma abordagem brutal em Sergipe, alcançou sua fase final.
Relembre o caso
Genivaldo, de 38 anos, foi abordado por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em uma blitz de trânsito no município de Umbaúba, Sergipe. Ele estava sem capacete enquanto pilotava sua moto. A situação escalou quando Genivaldo, diagnosticado com esquizofrenia, demonstrou nervosismo. Os policiais utilizaram spray de pimenta e gás lacrimogêneo dentro de uma viatura, resultando em sua morte por asfixia. O episódio ficou conhecido como "câmara de gás" da PRF.
O que está em jogo no julgamento
O Tribunal do Júri, formado por sete jurados, tem a responsabilidade de decidir o futuro dos réus. Durante o julgamento, as partes apresentaram provas, testemunhos e argumentos contundentes. A acusação destacou o uso desproporcional da força e o desrespeito aos direitos humanos, enquanto a defesa buscou atenuar as acusações, alegando falta de intenção de causar a morte.
Além da condenação por homicídio, o Ministério Público Federal tentou incluir acusações de abuso de autoridade, mas a Justiça considerou essa denúncia inepta, impedindo sua inclusão no julgamento.
Impacto e desdobramentos
O caso Genivaldo gerou repercussão nacional e internacional, destacando a necessidade de reformas no treinamento e na conduta das forças policiais no Brasil. Em ações judiciais paralelas, a União foi condenada a indenizar os familiares da vítima em valores que ultrapassam R$ 1,9 milhão.
O futuro dos acusados
Após os debates finais, os jurados votarão de forma secreta, e o juiz responsável anunciará a sentença. A expectativa é que o veredito seja conhecido ainda nesta semana, trazendo um encerramento para um capítulo marcado por dor e clamor por justiça.